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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

A Zona Jovem de outros tempos



Ontem voltei a um lugar que é também uma parte de mim. Há 14 anos que não ia à praia a Melides. Tenho lá ido, claro, vi as transformações, mas fazer praia, nunca mais fiz desde que o meu mais velho nasceu. Ainda recordo as ondas enormes, as loucuras dentro e fora da praia. Nem sei bem porquê, lembrei-me desta música . Aquela era a nossa danger zone. Éramos autênticos aviões a experimentar os nossos limites. Uma dog fight contra nós próprios à descoberta da nossa identidade. Tempos irrepetíveis e que nos ensinaram muito, a base do que tivemos, cada um, que aprender depois. 
Dói-me, como deve doer a todos, o que nos fizeram à praia. Não falo das barracas que hoje seriam um atentado à natureza e à paisagem, mas enquanto as praias da zona prosperaram a olhos vistos, Melides parou no tempo e na nostalgia. Parece que já nem as ondas querem ser um grito de liberdade, a rebeldia que caracterizava o lugar e que aprofundou muitos laços de amizade que duram até aos dias de hoje, como se tivesse sido ontem a última noitada. O que foi, não volta a ser, mas Melides merece investimento e recuperação, merece ser colocada no futuro, para que os nossos filhos possam saber que gerações de Grandolenses se fizeram ao mundo, por ali e que muito mais do que a fama que lhe ficou, de lugar de escaramuças, o que realmente sobrou daquele tempo foram as amizades e as recordações conjuntas, as gargalhadas e o que passámos, juntos. Na vida é isso o que mais importa,  o que fica, o que nos sobra por cima de tudo o resto, por isso, continuo a achar que Melides merece mais! 

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