Em trabalhos. É assim que estamos agora. E se ele soubesse o quanto me custa ter que insistir para fazer melhor, fazia, só para me poupar ao sofrimento de ter que passar de novo pela escola primária. O pior de tudo é que já é a 3ª vez que lá ando. Vejo-lhe nos olhos a mesma vontade de fazer muitas outras coisas que lhe despertam mais atenção - mas estas são também importantes - sinto-lhe a frustração da trapalhice, que tão bem conheço, e passo por tudo de novo e sofro com isso. Hoje insisto. Porque mais descansada, porque com mais paciência, porque estou para aqui virada, hoje. Já vamos na 3ª linha do tempo entre apaga e faz outra vez. Birras e choro e frustração e no fim lá vai fazendo. Eu sofro, mas insisto, hoje insisto, porque é hoje, porque me sinto com coragem para fazer frente à frustração, sem perder a paciência. Ele faz, eu não toco em nada, não faço nada. Ele pensa e eu vou corrigindo e ele repete, refaz. Eu também, repito, refaço e tento levar em frente esta relação de amor/ódio que tenho com a escola. Não é nossa a culpa da escola não se adaptar a quem tem muita sede de conhecer o mundo de uma forma lúdica. A burocracia também faz parte da vida - o nosso calcanhar de Aquiles.
E hoje aprendi uma coisa nova e conheci alguém novo. E é isto que eu adoro na aprendizagem
Romero Britto |
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