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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Um dia ainda me vou rir disto

Hoje foi mais um dia para a música. Saio do trabalho pesco um cardume de miúdos que estão à minha espera e lá vou eu novamente caminho de Sines para as audições de Verão.Depois volto para trás e encaminho-me para a festa de fim de ano, onde também a música é a protagonista. É bom ver que a escola dá muito mais conhecimento do que aquele que vem nos livros. É bom ver que estamos todos, cada vez mais a reconhecer como isso é importante.

No fundo, a minha perspectiva é dar aos miúdos um leque de cartas muito mais abrangente do que futebol e responsabilidade ( ou não) laboral. É ensiná-los a conviver e viver em diversos ambientes , que não lhes confinem os horizontes a uma e só uma mesmíssima coisa, porque o mundo é bem maior que tudo isso.
Provavelmente estarei ainda marcada por uma década de muito poucas perspectivas, e de um grande corte com o futuro. Por um silêncio fundo que foi construindo distâncias intransponiveis em todas as areas do (sobre)viver.

Talvez me preocupe demasiado com o que eles poderão fazer com o que lhes ensinar. Mas foi com isso e apenas isso com que fiquei e eles são, de todas as minhas conquistas, a única que, até ao momento, valeu a pena.

E já posso dizer que tenho muito, que tenho tudo. Porque tenho dois mundos inteiros de sonhos e perspectivas seguros, tal como posso, por cima das minhas mãos.

Talvez pudesse ter conquistado mais, ter ido mais longe. Mas para isso teria que deixar o maior projecto da minha vida para trás. Já deixei cair as bases com que o construi, por incompatibilidade total de perspetivas. Não irei deixar cair mais enquanto me for possível.

Talvez esteja a pagar o preço do sonho desfeito, mas será sempre pouco o preço a pagar para investir no meu próprio sangue.

...e enquanto mergulho nestes pensamentos, vou levando a vida ao som da música que ela e eles me dão.

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