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sábado, 28 de junho de 2014

Resistências

Parece-me sempre que repito a mesma coisa 1 milhão de vezes mas esta é, de facto, a melhor altura dos meus anos.
A transferência da casa, como se fôssemos caracóis, para junto do praia, é como se a brisa marinha nos entrasse na vida e reajustasse as trouxas. É um ar que nos dão.
Aqui os pássaros ainda cantam para que os consigamos ouvir, as ondas mantêm o seu ritmo durante as 24h e dão-nos a certeza de que, melhor ou pior, o Verão será sempre Verão e a água salgada irá lavar e refrescar o corpo, para se aguentar, com toda a boa energia que conseguirmos acumular daqui, tudo o que outro ano nos poderá trazer.
É este o principio. A certeza que a esperança dos dias grandes, ainda cabe dentro de tudo o que quisermos fazer.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Tenho esta coisa no peito...

...E depois ? Depois? Depois há lugares assim, onde a fantasia a arte e a poesia me ajudam a retemperar as forças , para combater as agruras da natureza...

A natureza das coisas

Ainda à pouco sentei-me para uma pausa para o cigarro lá fora e assisti sem querer ( bom, não assisti verdadeiramente porque quando me apercebi do que ia acontecer virei a cara para o lado, às vezes a crueldade da natureza ainda me choca). Um pequeno gafanhoto tinha caído numa teia de aranha e tentava libertar-se - foi o ruido que me chamou a atenção entre os pensamentos - entretanto, a pequena aranha já lá vinha pronta para terminar o serviço que a teia montada já tinha feito. Agora voltei a sair para mais uma pequena pausa e o pobre gafanhoto, já jazia, imóvel junto ao buraco onde a aranha se esconde...
Toda a gente sabe que ando cansada, que ando mesmo nos limites da sanidade ( lá me vou aguentando) mas às vezes as pequenas coisas, como o triste fim do pobre gafanhoto, que são a gota de água num copo bem cheio. É verdade que gosto de me rir, que acho que os outros não podem ser o escape do que não corre bem, mas há dias que o fluxo tem que ser canalizado para algum lado. Na parafernália de objectivos não atingidos por excesso de peso, é só o não reconhecimento do esforço o que mais me pesa. Não é fácil ser mãe divorciada, mas ainda é mais difícil quando se tenta fazer a vida tentando não entrar nas dispostas impostas por lei. Às vezes sinto-me como o pobre do gafanhoto, apanhado numa teia e morto, deixado como alimento, à porta do buraco.

sábado, 21 de junho de 2014

Viva o Verão!

Foi hoje! O verão trouxe consigo a abertura oficial da época e eu cumpri-a com toda a satisfação. É, de facto, como se diz por aí, a melhor época do ano. É a época em que me mudo de malas e bagagens para o Carvalhal, local que conheço desde que me conheço a mim por gente ( ainda antes do local vir no mapa e da praia do pego se ter transformado na praia do pêgo). Sim, tenho o privilégio de poder dar aos meus filhos Verões inteiros de pôr-de-sol , mar, praia , piscina e um contacto com a natureza que me permite ensina-los a conhecerem e amarem as raízes, a terra que nos dá a vida, merito do avô, que se prupôs a cumprir a promessa do sonho das noites de Verão.
Hoje com a chegada da época celebrei uma das melhores partes da minha vida, que continuarei a celebrar amanhã, como sinal de que sou viva!

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Coisas que me deixam...

...muito, muito, muito chateada. Pessoas que ( tal como eu) têm dificuldade em entender o conceito de distância de segurança . É que visto da perspectiva oposta é muito mais fácil de entender ( e isto lembrou-me aquela maravilhosa música dos gift).

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Desabafos desta pessoa...

Às voltas com competências ou falta delas, apercebo-me realmente que a história de" vivendo e aprendendo" é uma realidade inabalável.  Tenho-me visto à rasca, tal como uma geração inteira, para conseguir justificar tudo aquilo que sei, tudo aquilo que vi, tudo o que ouvi, tudo o que li, aprendi e que muitas vezes ( a maior parte delas) não se consegue transportar para a realidade que existe. Porque o dia a dia é feito de nuances, de adaptações , de tentar ajustar e redifinir posições com base naquilo que se aprende mas tendo a certeza que há verdades que não se podem alterar. Porque não, porque são, foram e provavelmente serão assim por algum tempo, até se conseguir transformá-las em coisas melhores ou em coisas diferentes. Um desabafo, como outro qualquer, que me faz lembrar esta história:

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FERNANDO PESSOA
Por Rui Araújo
O texto “A Coragem de Pessoa”, publicado (caderno P2, pág. 4) no passado dia 13 de Abril, não passou despercebido.
Escreve Laurinda Alves: “Deixo aqui o texto inspirador de Fernando Pessoa que foi lido em voz alta neste fim de tarde inesquecível.
Posso ter defeitos, viver ansioso
e ficar irritado algumas vezes mas
não esqueço de que minha vida é a
maior empresa do mundo, e posso
evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale
a pena viver apesar de todos os
desafios, incompreensões e períodos
de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e se tornar um autor
da própria história. É atravessar
desertos fora de si, mas ser capaz de
encontrar um oásis no recôndito da
sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã
pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios
sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “não”.
É ter segurança para receber uma
crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir
um castelo…”
Alguns leitores questionam a autoria do “texto inspirador”.

“(...) Pretendo ser discreto e não quereria ofender a senhora jornalista, que transborda de boas intenções e a quem desejo (como à maior parte das pessoas…) que seja muito feliz assim — ainda que, em semelhantes circunstâncias, me ocorra, com insistência, um brevíssimo conto de Voltaire sobre espécies de felicidade… Mas tenho bastante dificuldade em imaginar que um tal acervo de banalidades, mesmo muito bem intencionadas e inspiradoras, alguma vez se tenha encontrado com a complexa intelectualidade de Pessoa, nem mesmo em momento de ternurenta elaboração de uma carta para a Ophélinha. Além de que, literariamente, o textinho é muito pobrezinho… e isso, nem nas cartas para a Ophélinha! Acresce ainda que é basto notória a genealogia brasileira do escrito, com formulações sintácticas que, se hoje desgraçadamente contaminam a escrita deste lado do Atlântico, no tempo de Pessoa não eram sequer usadas na outra margem do dito, ao menos nos meios literários…
Como é que ninguém se apercebe disto?!
Temo que, ao publicar o textinho, sem que ninguém notasse a incongruência, o ‘PÚBLICO’ lhe dê uma legitimidade inesperada (ainda se acredita no que vem nos jornais de referência), uma caução cultural reforçada, que sustente a convicção (sempre bem intencionada, com boa onda e muito karma) dos que continuam a não entender que a NET é um recurso muito importante, mas também muito perigoso, pois muito do que por ela viaja não tem qualquer validação…
Será que vou deparar com uma rectificação numa das próximas edições do ‘PÚBLICO’?
É claro que, se algum especialista em Fernando Pessoa me disser de que arca ou baú surgiu esta prosa, prometo que irei de burel e baraço em romagem ao Altar da Ignorância. E aceitarei, finalmente, como provado que o poeta uma ou outra vez abusaria do álcool e… não resistiria, mesmo assim, a escrever…
”, escreve Paulo Rato, um leitor de Queluz.

O texto suscitou mais interrogações.

É citado um poema pretensamente de Fernando Pessoa (‘A Coragem de Pessoa’, sem referência bibliográfica), cuja autenticidade me deixa dúvidas.
Uma frase como:
‘agradecer a Deus a cada manhã’ não me parece que tenha saído da caneta do Mestre. Mas admito estar totalmente enganada, pelo que muito grata ficaria se me fornecessem a referência específica: qual o heterónimo, qual a data, qual a ‘arca’ donde extraíram o poema”, escreve Fernanda Jesuíno.

A solicitação da leitora é legítima.

Já não é a primeira vez que me cruzo com esse texto (na altura foi-me enviado por e-mail), e já nessa altura tive a nítida impressão de que não é coisa que Pessoa fosse escrever. Não é estilo (ou estilos) dele. Não é o tema dele. Penso aliás que não é nada dele e o facto de o ver hoje preto no branco no PÚBLICO numa coluna de alguém que respeito e que a priori até confio saiba mais de Fernando Pessoa que eu, não me fez mudar de ideia.
No entanto, não encontro informação na net que me suporte. Até porque esse texto está reproduzido incontáveis vezes e sempre colado ao nome de Fernando Pessoa. Não tenho mais a quem recorrer, a não ser que escreva para a Casa Fernando Pessoa, coisa que já tive mais longe de fazer. A única coisa que encontrei foi na Wikipédia, mas isso vale o que vale. Fica aqui transcrito:
‘Pedras no caminho? Eu guardo todas. Um dia vou construir um castelo.’
Sentença tipicamente atribuída a Fernando Pessoa na internet, ainda que nunca tenha sido escrita por ele, e sim por Nemo Nox, bloguista brasileiro.
(http://pt.wikiquote.org/wiki/Fernando_Pessoa)
Confio no seu juízo para avaliar a pertinência do meu comentário
”, escreve Daniel Marinha (do blogue www.quotidianidades.blogspot.com).

O comentário é pertinente.

“Mundo Pessoa” (blogue institucional da Casa Fernando Pessoa) apresentou três dias depois o “post”Agarra que é apócrifo!”: “Leonor Areal, no (blogue) Doc Log chama a atenção para coisas que é importante ler esclarecidas.” (http://www.mundopessoa.blogspot.com/)
Eis o comentário de Leonor Areal: “(...) Laurinda Alves, em dia de azar, publica um texto supostamente de Fernando Pessoa, apócrifo evidentemente. Está à vista de qualquer um que conheça a obra de Pessoa que aquele poema piroso nunca podia ser dele, e ainda por cima com pronome reflexo colocado à moda brasileira: ‘Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história’. Um idiota qualquer o escreveu, (...)”. (“Fernando Peçonha” in http://doc-log.blogspot.com/2007/04/fernando-peonha.html)

É muito provável que a prosa corresponda a dois textos de autores diferentes. O bloguista brasileiro Nox poderá ser um deles: “No início de 2003, chateado com os obstáculos que encontrava e tentando ser um pouco otimista, escrevi aqui estas três frases: ‘Pedras no caminho? Eu guardo todas. Um dia vou construir um castelo.’ Não pensei mais nisso até que recentemente comecei a receber e-mails pedindo que eu confirmasse ser o autor do trechinho. Aparentemente, o trio de frases tomou vida própria e se espalhou pela internet lusófona com variações na pontuação e na atribuição da autoria. (...) Depois alguém resolveu pegar um poema (possivelmente de Augusto Cury, autor de Dez Leis para Ser Feliz), colar o tal trechinho no fim e distribuir tudo como se fosse obra do Fernando Pessoa. Não demorou muito para que as minhas três frases começassem a pipocar pela rede atribuídas ao poeta português (afinal, é sempre mais bacana citar um famoso escritor luso que um quase desconhecido blogueiro brasileiro). Cheguei eu mesmo a duvidar da minha autoria. Poderia ter cometido um plágio inconsciente, recolhendo da memória alguma coisa lida no passado e achando que se tratava de material original? Revirei os poemas pessoanos em busca de pedras e castelos mas não consegui encontrar qualquer coisa remotamente parecida ao trecho em questão. Vasculhei os heterônimos e tampouco achei o guardador de pedras. (...) Outra coisa engraçada é que nem me sinto orgulhoso de ter escrito isso, parece-me hoje até um pouco piegas, como aqueles cartazes motivacionais com fotos bonitas e frases otimistas.” (in www.nemonox.com/ppp/archives/2006_03.html#008119)

O psiquiatra Augusto Cury (autor de “O Mestre do Amor”, “A Ditadura da Beleza” ou “O Futuro da Humanidade) não confirma a autoria da outra parte.

O provedor contactou, portanto, a Casa Fernando Pessoa.
“O poema em questão não é de Fernando Pessoa, coisa que poderia ser garantida à primeira leitura (pelo tema, pela escrita, pela ortografia). No Brasil, tanto na web como em papel impresso, circulam vários «poemas apócrifos» assinados por Fernando Pessoa; muitas vezes, os seus autores pretendem garantir algum reconhecimento anónimo através da utilização do nome do poeta – são, geralmente, textos de má qualidade e que, infelizmente, se multiplicam todos os dias. Qualquer «leitor mediano» da obra de Pessoa ou dos seus heterónimos se dá conta da mistificação e da falsificação. Fernando Pessoa não diz semelhantes patetices”, esclareceu Francisco José Viegas, escritor e director da Casa Fernando Pessoa.

Pedi, por outro lado, um esclarecimento a Laurinda Alves:
“Agradeço sinceramente o contributo dos leitores e dos especialistas para desfazer um equívoco que não era só meu e, por isso, podia ser perpetuado.
Aqui ficam os textos e as cartas, escritos em vários tons, a desfazer todas as dúvidas. Verifico, com surpresa, que ainda há pessoas que vivem convencidas de que nunca se enganam nem se deixam enganar.”

Laurinda Alves reconhece o erro.
O provedor considera que os jornalistas devem confirmar a veracidade da informação que divulgam. É uma forma de evitar enganar os outros. O resto é conversa...      


 aqui                                                                                                                                           "

Existem muitas coisas, de facto, que precisam de provas, de quem entende do que está a falar, para que se possam considerar verdadeiras. O resto, demasiadas vezes é consumismo ou puro desabafo ... a diferença entre o ser e o parecer... E agora vou tentar continuar a provar que tenho competências para ser aquilo que na pratica, já sou...

terça-feira, 17 de junho de 2014

Palavras de empatia

Estar cansada é para mim o estado natural da coisa. Mais cansada ou menos cansada, mais ocupada ou menos ocupada, a vida é para se ir levando, tentando atingir, da melhor forma ou nem por isso, as coisas a que me proponho. Ainda consigo ficar espantada comigo mesma quando, no meio do aparente caos porque se governa a minha vida, arranjo motivação e energia para dar nem que seja um ínfimo passo na direção do que quero. Mesmo que ainda esteja longe, ou que me pareça impossível ou que o que faço pareça continuamente inglório.

É bem melhor do que, como o Fábio Coentrão, chegar onde se quer e não conseguir mostrar o que se vale, por excesso de esforço...
Vi de raspão nas notícias, coitado, só vai poder assistir de longe. Deve ser muito triste ter conseguido lesionar-se sozinho numa altura tão determinante. Digo eu...

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Antioxidante, ou a arte de tirar a ferrugem

O mundial é sempre aquela óptima desculpa para me atirar aos caracóis e à imperial. Desfeitas e partidas de camelos à parte foi proveitoso descobrir que os bigoditos sexy estilo anos 20 do tempo da outra senhora estão na moda e que os alemães já não são altos louros e "branquelos" como noutros tempos.
Também gostei de saber que ainda vou conhecendo alguns dos heróis dos campos relvados e que afinal a desactualização futebolística é algo a que se consegue dar a volta. Sobretudo "gostei" ( not) de me aperceber que pelos vistos não sou só eu a sentir-me um burro a olhar para um palácio em termos de mundial. Gosto de um jogo bem jogado e disputado e a nossa equipa deu um belo exemplo de como não tornar o futebol bonito ( fifias)

Cá para nós que ninguém nos ouve, eu com esta mania de acreditar até ao último minuto, acho que eles estavam só a ambientar-se e não quiseram mostrar o jogo todo para não desmoralizar as outras equipas. ( meninos!!!)

O bom do dia? A apanha do mirtilo ao por do sol que é uma terapia para a alma e ajuda a desintoxicar da imperial e do caracol ( incha!)

domingo, 15 de junho de 2014

Domingos da casa

Milky Chance - Stolen Dance (Album Version): http://youtu.be/iX-QaNzd-0Y



...e há aqueles Domingos em que a "solidão" nos faz maravilhas. Pega-se nos restos do Salmão grelhado do almoço de ontem e faz-se uma salada da moda. Sem grandes receitas que, como tenho a mania de ser original, gosto de misturar o que me vem à cabeça ( e depois, às vezes, saem grandes asneiras!! Mas desta vez ficou bom).  Como o ex. faz anos hoje , os meninos estão fora e a casa é só minha ( patrão fora, dia santo na loja) . Ela foi salada para o almoço, ela foi música a uma altura que deu para a vizinhança inteira, ela foi unhas pintadas, ..., ela foi miúda outra vez !!! E às vezes ( só às vezes) faz tanta falta à sanidade mental - e eu sei que da fama de doida é difícil de livrar.

Agora, é fazer a minha ioga de preparação, que as sirenes das ambulâncias já fizeram coro com a minha música e eu vou entrar às 16h.  Sempre pronta, para qualquer eventualidade!!





sábado, 14 de junho de 2014

As audições repetem-se

...e nem de propósito. Depois do mergulho na música e nas perspectivas do passado, para o futuro, hoje fomos "nadar" com a pequena sereia, na biblioteca municipal. A estória não nos era desconhecida, claro, mas é sempre interessante vê-la recriada, por outras imaginações, por outros sentidos que se dão à mesma estória.

E eu adoro passar o meu tempo com eles, que é muito limitado, a assistir a todas e mais algumas expressões da criatividade de quem sabe o que faz e sobretudo, fa-lo com gosto, divertindo-se e divertindo-nos.

Esta manhã, na animação do livro e da leitura, com a pequena sereia na biblioteca municipal...Fiquei fã! Adoro quando me fazem sentir criança, outra vez!

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Um dia ainda me vou rir disto

Hoje foi mais um dia para a música. Saio do trabalho pesco um cardume de miúdos que estão à minha espera e lá vou eu novamente caminho de Sines para as audições de Verão.Depois volto para trás e encaminho-me para a festa de fim de ano, onde também a música é a protagonista. É bom ver que a escola dá muito mais conhecimento do que aquele que vem nos livros. É bom ver que estamos todos, cada vez mais a reconhecer como isso é importante.

No fundo, a minha perspectiva é dar aos miúdos um leque de cartas muito mais abrangente do que futebol e responsabilidade ( ou não) laboral. É ensiná-los a conviver e viver em diversos ambientes , que não lhes confinem os horizontes a uma e só uma mesmíssima coisa, porque o mundo é bem maior que tudo isso.
Provavelmente estarei ainda marcada por uma década de muito poucas perspectivas, e de um grande corte com o futuro. Por um silêncio fundo que foi construindo distâncias intransponiveis em todas as areas do (sobre)viver.

Talvez me preocupe demasiado com o que eles poderão fazer com o que lhes ensinar. Mas foi com isso e apenas isso com que fiquei e eles são, de todas as minhas conquistas, a única que, até ao momento, valeu a pena.

E já posso dizer que tenho muito, que tenho tudo. Porque tenho dois mundos inteiros de sonhos e perspectivas seguros, tal como posso, por cima das minhas mãos.

Talvez pudesse ter conquistado mais, ter ido mais longe. Mas para isso teria que deixar o maior projecto da minha vida para trás. Já deixei cair as bases com que o construi, por incompatibilidade total de perspetivas. Não irei deixar cair mais enquanto me for possível.

Talvez esteja a pagar o preço do sonho desfeito, mas será sempre pouco o preço a pagar para investir no meu próprio sangue.

...e enquanto mergulho nestes pensamentos, vou levando a vida ao som da música que ela e eles me dão.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Pichação

Hoje, como todas as semanas, fui novamente a Setúbal. Nunca pensei que gostasse tanto desta que é também um pouco a minha cidade. O rio Azul fica especialmente azul quando os dias começam a ficar quentes e a calmaria das águas mansas fazem apetecer navegar. Há muitas coisas que me encanta aqui mas foi sobretudo aqui que aprendi a gostar da arte de rua, muito visível nos maravilhosos graffitis que vão aparecendo como cogumelos nascidos nos lugares mais improváveis. Como todos os cogumelos há os venenosos e os de paladar incrível e assim são também estas obras de arte que se podem considerar em alguns casos poluentes mas noutros um verdadeiro espectáculo de desenho e cor.

O objectivo era fotografar o graffiti na parede lateral da mítica adega dos passarinhos, mas a disposição com que saí da terapia semanal não mo permitiu. Fica uma foto antiga, mas não menos interessante de um simpático boneco nascido na caixa eléctrica frente à galeria municipal.

...e são estes pequenos pormenores que também me vão alegrando as vistas no dia a dia.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

A minha diversa estante

Terminei ( finalmente) esta semana, a leitura de um livro que me satisfez. Bastante. Daqueles que não é necessário ler todo de uma assentada só, mas que se vai lendo, e gostando e lendo, com alguns pontos, onde se lê todo de seguida e depois se continua a ler por gosto. O Barão, de Sveva Casati Modignani ( que raio de nome que se tem, para se ser escritora - sou adepta de coisas mais simples) é um livro que nos leva a viajar pelos amores, a história do séc.. que já nós virámos, os padrões e a intriga, num mundo onde a riqueza não implica necessariamente a falta de princípios ou calor humano, mas que não nos faz esquecer de como se vive, na realidade e de como a família é importante para nos formatar e apoiar. Vivida num passado recente, é uma estória que a mim me fez chorar e sorrir e pensar, sentir todas aquelas coisas que é suposto sentir quando se lê um livro, ou então não vale a pena lê-lo, tal como quando se vê um filme ( sim, sou uma piegas eu sei, mas como alguns azares ou acontecimentos da vida real não me permitem que perca tempo com lágrimas, deixo-as para os livros que me dão asas para as gastar) .

Passo agora a grande velocidade, para um livro que desejo muito ler e que estava na estante, à espera da sua entrada em cena:




Aposto que este, me vai fazer viajar e querer, ainda mais, viajar...





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Contagem de peso

Depois das várias tentativas para perder o excesso de peso que fui ganhando por preguiça, gula e provavelmente descuido, parece que desta vez acertei na receita. Nada de restrições excessivas ( a não ser a doces que tal como outro vício qualquer , se tornaram quase uma obsessão) apenas a substituição de algumas refeições por opções saudáveis e uma ajuda para controlar o apetite mantendo o sabor doce que me é tão necessário. O pequeno almoço que era controlado pela ( pensava eu) insubstituível papa cerelac ou pelos cereais com sabor a infância, passou a ser oferecido com o patrocínio da minha nova ajudante para manter o fluxo de caixa mais ou menos estável ( traduzindo... a oriflame ) e, quando há tempo suficiente para enriquecer a receita, a fruta, que descobri, não pode de modo algum ser retirada da minha dieta diária. Embora tenha tendências obsessivas, a verdade é que a balança não é a minha maior preocupação. Mas hoje tive uma surpresa boa. Ao fim de uma semana a praticar este meu novo ritual de saúde, sem grandes sobressaltos ou sofrimentos desnecessários a minha "cara" amiga balança presenteou-me com menos um kilo e meio na contagem. Só assim, sem mais grandes distúrbios. Um Kilo e Meio! Oh Deus! como há coisas tão simples que nos fazem sentir tão bem...( daqui a uma semana: nova pesagem!)



terça-feira, 10 de junho de 2014

Uno


As modas vão e vêm com a mesma volatilidade com que o tempo escorre pelas nossas mãos, como se fosse areia. Mas ao contrário das modas o tempo não volta atrás. Cá em casa voltou a moda do uno. Aquele jogo de cartas tão simples que nos permite o regresso às gargalhadas só porque sim, porque no meio da atrapalhação se passa por cima de tudo, só para nos livramos do que está a mais nas nossas mãos. Um momento único para lhes ensinar o valor do respeito pelas regras, pelos vencedores e pelos vencidos. Sem birras, sem choros e sem ranger de dentes. Porque em cima de raiva o que se constrói não vale nada e porque a vida é feita de jogos, a ganhar e a perder.


Xutos e Pontapés - O que foi nao volta a ser - Es…: http://youtu.be/Tw_CeyK1jjE

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Crises existenciais

A coisa que mais me preocupa ( talvez demais) é tentar ensinar aos meus filhos esta verdade universal. Esta verdade que tentamos por todas as formas , mas muitas vezes da maneira errada, colorir, fantasiar e desmentir. Talvez me preocupe demais ( diz a minha terapeuta que as realidades e as genéticas são todas diferentes e por isso, a forma de encarar as experiências também o são, e eu não sei se em desespero de causa, se em afincada credibilidade que me permita não desmoralizar, acredito que ela tenha razão) .
 Hoje foram uns sapatos! A extrema necessidade que eu tenho de ter a certeza que eles são absolutamente capazes de ser construtivos e funcionantes sem mim ( pesam-me aqui as infindáveis teorias de enfermagem sempre na procura de uma independência nas actividades/necessidades, ou naquilo que as sras lhe resolverem chamar) levam-me a coisas ridículas do género querer enfiar uns sapatos nº 35 nuns pés nº 37 e fazer disso uma trovoada matinal que me transtorna a mim e à dinâmica familiar( olha agora não conseguir calçar uns sapatos sozinho, onde é que isso já se viu??!!)  POIybp iugxfnpiwu para a lskejch dos sapatos! e mais para a independência! E pronto, agora embrulhamo-los e enviamo-los direitinhos ao adido do meio que deve andar mais ou menos por esse nº de pés.  Eu peço desculpa pelo meu comportamento infantil e reinicio as contas à vida para calçar de Verão os pés do moço. E são estas as minhas grandes crises existenciais que as outras já nem me fazem cócegas!!!

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Assim. Crescendo e aprendendo.

Costumava achar que quando fosse grande ia ser tudo diferente. A verdade é que tenho exactamente os mesmos 162 cm do que à 20 anos atrás e as diferenças não são por aí além muito diferentes.
Hoje foi a festa de despedida do 1º ano do 1º ciclo do meu "canino". Música diversão e muita alegria. Para os pais também. Talvez os assuntos tenham mudado um pouco, é verdade. Mas acabam ainda com umas boas gargalhadas e algumas piadas sobre o que se é e o que ainda se pode esperar ser, embora as realidades tenham mudado e agora sejamos nós a ditar as regras.
Vi a barriga de esperança de uma amiga que fiz, exactamente na mesma altura da vida em que o meu Afonso se encontra agora, e lembrei-me que me tinha lembrado dela, num dia em que lhe encontrei expressões num pequeno fruto que também lhe pertence, tal como as encontro também na face dos meus. Os sonhos que também já tive...sorrio para a vida sempre que encontro um pouco de mim a projectar-se para o futuro, tal como sorrio quando encontro nos que me acompanharam ou acompanham ainda, as mesmas sementes a quererem vingar. É que para plantar algo para crescer e transcender é preciso alegria e esperança mas sobretudo muito de coragem. Um sinal dos tempos, que aprendi vivendo e fazendo viver: apesar de não ter crescido muito, não sao só as alturas que nos fazem ser. Assim.Sem mais. 



terça-feira, 3 de junho de 2014

Bugs Radioactivos

Sim, sim, sim. Tenho um daqueles problemas de não conseguir estar quieta em lado nenhum. O que se torna difícil, nalguns casos, para conseguir seguir com um projecto para a frente ou tentar que se entenda o que na realidade estou a fazer. Geralmente os projectos ( muitos) estão todos (des)arrumados nas prateleiras ou em lugares onde lhes possa facilmente aceder para no momento em que as coincidências ou destino fazem click, estar pronta para os sacar do "bolso", da minha cabeça, onde os guardo para os trazer à luz do dia.

Tenho guardado um formigário. Dizem que as formigas constroem, longe da vista, grandes canais, tuneis e uma sociedade perfeitamente organizada.
Tenho saudades do meu aquário, mas as contingências da crise levaram-me a desliga-lo, por questões de força maior. O que mais gostava no aquário, era poder ver, através do vidro, a sociedade piscícola no seu habitat ( mais ou menos) natural. Com o mínimo de interferências os meus peixinhos viviam e mostravam aquilo que conseguiam fazer na conquista da selecção natural.  O formigário, pretende ser a substituição possível do aquário, que fica guardado para melhores dias. Em casa dos meus pais, dar vida a um formigário parece-me uma ideia um pouco surreal, por isso o mantenho guardado. Mas eis que uma nova oportunidade parece surgir e no meio de tanta coisa para reorganizar e preparar, lembrei-me do formigário. Porque, para se recomeçar alguma coisa de novo é necessário projectá-la para o futuro e a minha nova morada, terá que ter, sem dúvida, um lugar onde a natureza se vai confundir com a minha forma de perspectivar a vida. Com sonhos, muitos sonhos e música à mistura...











[Verse 1]
I'm waking up to ash and dust
I wipe my brow and I sweat my rust
I'm breathing in the chemicals
I'm breaking in, shaping up, checking out on the prison bus
This is it, the apocalypse, whoa

 I'm waking up, I feel it in my bones
Enough to make my systems blow

Welcome to the new age, to the new age
Welcome to the new age, to the new age

Whoa, whoa, I'm radioactive, radioactive
Whoa, whoa, I'm radioactive, radioactive


[Verse 2]
I raise my flags, dye my clothes
It's a revolution, I suppose

We'll paint it red to fit right in
Whoa
I'm breaking in, shaping up, then checking out on the prison bus
This is it, the apocalypse
Whoa


All systems go, sun hasn't died
Deep in my bones, straight from inside


                                                                             Imagine Dragons
                                                                                    Radioactive